segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O dom da dedicação

A única coisa que separa um amador de um expert é a dedicação. Qualquer um pode ser um gênio se dedicar o tempo apropriado e mantiver o foco em se aprimorar. O melhor de tudo é saber que nunca é tarde.

Sempre ouço pessoas dizendo que não começam a aprender uma nova língua ou um instrumento musical porque deveriam ter iniciado mais cedo, quando crianças. Pior, escuto pessoas extremamente capazes dizendo que não têm talento natural para uma determinada atividade. Muito provavelmente essas pessoas estão enganadas e subestimam a própria capacidade. Se você tiver 30 anos e começar a aprender piano seriamente amanhã, chegará aos 50 anos de idade com 20 anos de prática e poderá ser um prodígio. Se começar com 50, aos 70, será um dos melhores pianistas da terceira idade. A ideia de que qualquer pessoa tem o potencial para se tornar um expert ou adquirir uma habilidade tem recebido cada vez mais fundamentos científicos.

Com exceção das limitações físicas de cada indivíduo, acredita-se que os ditos “dons naturais” sejam mera consequência da capacidade de concentração em uma determinada atividade. O talento parece ser resultado direto da dedicação, ou do desejo de fazer melhor. Em teoria, qualquer pessoa com dedicação suficiente para melhorar em uma atividade ficará melhor nela com o tempo. Essa conclusão vem do trabalho do neurocientista K. Anders Ericsson, da Universidade Estadual da Flórida, nos EUA.

Anders estuda gênios, prodígios e experts por mais de 20 anos. Observando o processo de aprendizagem desses “talentos”, concluiu que não basta apenas a repetição incansável, mas procurar por um nível de controle em cada aspecto da atividade escolhida. Ou seja, cada sessão é uma tentativa de fazer melhor que a anterior. A maioria dos amadores chega somente até um estágio de conforto e não dedica tempo suficiente para melhorar. A falta de ambição nos torna medíocres.














A implicação dessa observação é simples. Qualquer um determinado a gastar mais tempo em uma atividade, procurando melhorar a cada repetição, pode se tornar um expert – brilhante até. Portanto, a parte genética ou o ambiente do indivíduo não contribui mais do que para 1% do sucesso. É possível que esse 1% seja o diferencial para ser o melhor do mundo, mas não contribui para você se tornar brilhante em alguma atividade. Veja no gráfico acima que a maioria das pessoas acaba em três categorias ao começar uma atividade nova: expert, amador ou desistente. Os desistentes são aqueles que decidem que não vale a pena continuar. A classe dos amadores é intrigante, pois são os que ficam satisfeitos com o nível em que estão. Reconhecemos esse padrão quando falam “Sei que poderia fazer isso de outra forma, mas está funcionando assim então não vou mudar”. Em outras palavras, eles passaram a desgastante fase inicial e não querem entrar numa outra fase de estresse.

Ao meu ver, esse é o grande diferencial dos experts. O salto para longe do amadorismo e zona de mediocridade consiste em quebrar a barreira da paixão. A atividade fica tão prazerosa que nos apaixonamos por ela. E é esse sentimento, essa sensação que nos motiva a seguir melhorando.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Tudo o que você sempre quis saber sobre: Aulas de Violão




1)      Qual a diferença entre violão e guitarra?


Bom, vamos por partes: O violão é composto basicamente pelo corpo, que é onde a nota ou notas produzidas no braço do instrumento ressoam e amplificam o som, gerando assim o timbre do violão ou seja, a característica sonora que o diferencia de outros instrumentos.
As partes do violão












Por sua vez, a guitarra também é composta pelo corpo e pelo braço, mas o som é produzido de forma diferente do violão; a guitarra possui captadores, que nada mais são que imãs que captam o “magnetismo” produzido pelas cordas e transmitem então estes sinais através de um cabo ligado à um amplificador, que produzirá o som da guitarra.
















Mas ai você vai dizer “mas tem o violão elétrico que também dá pra ligar no amplificador” Sim, tem...mas isso é um assunto um pouco mais extenso.

Porque você não marca uma aula para descobrir isso? :)


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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A história da guitarra como você nunca viu

O Collective Cadenza fez um vídeo mostrando um pouco da história dos solos de guitarra. No vídeo, são 28 solos de músicas que abrangem mais de 50 anos.

É claro, importantes solos ficaram de fora, mas no geral, é um ótima maneira de ver alguns estilos e técnicas que surgiram e que marcaram as suas décadas e gêneros musicais. Confira abaixo o vídeo e aprenda um pouco sobre a história da guitarra solo:




Via: Música é Tudo

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

8 coisas que você ainda não sabe sobre música

A música é uma coisa que o ser humano não pode viver sem, não é mesmo? Não importa o gênero, o ritmo, a letra, os arranjos, há gosto pra tudo. Por isso, trago uma série sobre algumas curiosidades interessantes sobre essa nobre arte, como fatos e histórias sobre os instrumentos mais populares.

                                              1) Como e quando surgiu a música?


Pra começar, é difícil dizer quando e como surgiu a música. Muitos acreditam que surgiu com a criação do universo, sendo uma coisa Divina, outros acham que começou com os sons produzidos pelos primeiros seres vivos do universo a bilhões de anos. Ela então teria sido apenas decodificada pelo homem, ganhando diversos instrumentos para trasmitir seus sons.

                                                       2) O surgimento do violão



Existem duas hipóteses mais prováveis sobre a criação do violão. A primeira diz que o instrumento é derivado da khetara grega, e teria sido levada pelos romanos à península Ibérica (região onde situa-se Portugal e Espanha) no século I a.C. Lá, teria ganhado a forma que se assemelha aos tempos de hoje, só que com três cordas a princípio.
A segunda diz que o violão deriva-se do alaúde árabe, levado à península Ibérica na época da invasão muçulmana, na Batalha de Guadalete, ocorrida no ano 711. Com a influência islâmica que durou alguns anos na região, o instrumento foi se popularizando e se adaptando à cultura local.

                                                 3) A primeira música gravada

Os créditos sobre a primeira gravação eram dados a Thomas Edison que, antes de inventar a lâmpada elétrica, criou o fonógrafo, em 1877. Durante o processo de criação, ele cantou um poema para testar o invento. Mas alguns cientistas americanos acabaram descobrindo uma gravação feita em 1860, 17 anos antes da outra feita por Edison.

Já no Brasil, a primeira música gravada foi “Isto é Bom”, do cantor e compositor baiano Xisto Bahia, em 1902.

                                                         4) A criação dos discos



A criação dos discos é creditada ao canadense Émile Berliner, na década de 1870, feitos de goma-laca, material negro e opaco. A princípio, não havia um padrão de velocidade e tamanho dos discos. Só na década de 1910 é que os discos passaram a ter a velocidade padrão de 78 rpm (rotações por minuto) com 25 cm.

Já os LP’s (Long Play) surgiram no final da década de 40, produzidos com material plástico, mais leves, práticos e mais resistentes que os de 78 rpm

                                          5) Os 10 álbuns mais vendidos da história


Mesmo depois de sua morte, o rei do pop Michael Jackson continua vendendo muito. Seu álbum “Thriller”, lançado em 1983, vendeu algo em torno de 120 milhões de cópias, sendo assim, o mais vendido da história da música.

Confira abaixo os outros álbuns mais vendidos:

2- Eagles – Their Greatest Hits 1971-1975- Asylum – 1976 (42 milhões de cópias)
3- Led Zeppelin – Led Zeppelin IV- Atlantic – 1971 (37 milhões de cópias)
4- Pink Floyd – The Dark Side Of The Moon- Harvest – 1973
5- Fleetwood Mac - Rumours- Warner Bros. – 1977
6- Beatles – Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band - Parlophone / Capitol – 1967
7- AC/DC – Back In Black - Atlantic – 1980
8- Soundtrack – Saturday Night Fever – RSO – 1978
9- Shania Twain – Come On Over – Mercury – 1997
10-Alanis Morissette - Jagged Little Pill - Maverick / Sire – 1995

6) O primeiro CD musical



O primeiro CD gravado em larga escala foi do pianista chileno naturalizado americano Claudio Arrau, onde continha músicas de Chopin, em 1982. No Brasil, o primeiro álbum foi “Curare”, da cantora e compositora Rosa Passos, lançado em 1991.

7)A canção mais regravada no mundo


Essa é uma das discussões mais controversas e polêmicas do meio musical. Até hoje não existe um consenso. A princípio, oficialmente dá-se à “Yesterday” de Paul McCartney o título de a mais regravada, cerca de 6 mil versões diferentes, mas há quem diga que seja “Imagine” de John Lennon. Outra corrente defende a teoria de que “Feelings” do brasileiro Morris Albert seja a mais regravada.

8)A música mais longa da história



A música “As Slow As Possible” (Tão Lento Quanto Possível), composta por John Cage, falecido em 1992, é a música mais longa, e que ninguém poderá ouvi-la toda. Ela foi escrita para durar 639 anos. Só as três primeiras notas musicais levaram um ano e meio para serem executadas. A música vem sendo executada por um órgão lá na Alemanha.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Por que a música feliz é feliz e a música triste é triste

A música tem toda uma ciência por trás. Nada é por acaso, tudo tem uma razão, é feito para gerar um determinado efeito em quem tem uma certa predisposição. Quase como uma engenharia de emoções utilizando sons.
Uma das perguntas que a gente acaba se fazendo é o porquê de uma música ser triste e não alegre. Qual é a combinação que faz com que ela tenha aquele exato efeito e não um outro?

Um pouco de teoria

Escala – é uma sequência ordenada de notas, que parte de uma nota fundamental. A escala de Dó Maior é Dó (fundamental), Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si. Normalmente, as músicas seguem certas escalas. Yellow Submarine, dos Beatles, está em Sol Maior. Mais sobre Maior e Menor adiante.
Acorde – é a execução de duas ou mais notas musicais ao mesmo tempo. Um acorde de Dó Maior, por exemplo, é composto basicamente das notas Dó, Mi e Sol.
Acorde maior – é formado por uma nota fundamental, uma terça maior e uma quinta justa, formando uma tríade maior. No acorde de Dó Maior, Dó é a fundamental, Mi é a terça maior e Sol a quinta justa. Esses ordinais servem para apontar o intervalo entre as notas a partir da fundamental – assim, Mi é a terceira e Sol, a quinta.



Acorde menor – é formado por uma tríade menor: fundamental, terça menor e quinta justa.




Escalas invertidas, emoções idem

O efeito que essas escalas e acordes podem gerar muda de acordo com o modo no qual são colocados. Se for maior, as chances são grandes de que soe alegre. Se for menor, talvez soe triste. Não é tão matemático, isso pode ser influenciado por milhares de fatores, mas de um modo geral e no nível de detalhamento que estamos explorando aqui, funciona assim.
canal do Oleg Berg no YouTube transpõe as escalas maiores das músicas para menores e vice-versa. Ele não só adapta os acordes como manipula a melodia da voz e outros instrumentos para que se encaixe na nova escala.
Isso significa que ele manipula a “mensagem” implícita no som, gerando um outro resultado.
Na página tem uma porrada de músicas invertidas e divertidas. Dá pra passar uma horinha, pelo menos, viajando nessas versões alegradas ou entristecidas das canções.
Enquanto vasculhava o canal, com o fone de ouvido, em casa, tive um ataque de riso com a inversão, inclusive da letra, de Don’t Worry, Be Happy.




Um dos melhores exemplos, que não está no canal do Oleg, é a música Losing My Religion, do R.E.M. A escala maior dá um ar esperançoso a uma canção triste. Se você inverte isso, em conjunto com a letra, tem um resultado meio sarcástico.

Acordes alegres e tristes

Sempre houve muita discussão em torno das sensações causadas pela música e sobre a existência de acordes que pendem para o lado feliz e bonito da vida e outros para um mais melancólico.
Dan Lefler, professor de piano, mostra a diferença entre um Dó Maior e um Dó Menor com uma ilustração bem interessante: imagine um filme que termina em “…e eles viveram felizes para sempre”, sendo o acorde a conclusão da cena. Qual combina mais com o final feliz visualizado na sua cabeça? E qual definitivamente não combina?
Maior e menor, respectivamente.
Outra analogia engraçada é tocar o acorde maior sobre o pensamento “perdi meu cachorro na chuva”. Simplesmente não bate.



A forma como ele expressa isso  no vídeo diz muito sobre um dos aspectos que podem explicar essa tristeza ou alegria na música: a similaridade com o tom de voz.
O estudo A Terça Menor Comunica Tristeza na Fala, Espelhando seu Uso na Música, da Tufts University, de Massachusetts (EUA), explica isso já no título.
Um acorde menor se assemelha a uma lamúria ou comunicação de uma notícia ruim, por exemplo.
Outro estudo, da Universidade Kansui, de Osaka (Japão), Uma Explanação Psicofísica Sobre Por Que Acordes Maiores são ‘Claros’ e Acordes Menores são ‘Escuros’, reforça essa tese, mostrando que a terça diminuída (aquela notinha tocada na tecla preta, na ilustração lá em cima) causa a sensação de tensão e angústia, por uma suposta incompletude harmônica ao ouvido.
O acorde maior, por sua vez, parece “bem resolvido”. Entre muitas teorias parece haver um consenso: o ser humano tem a capacidade inata de perceber a harmonia e o que não é harmônico.

A mágica maior

É bom deixar claro que nem toda música em escala maior é alegre, e nem toda em menor é triste. Um amigo costuma dizer que Radiohead é capaz de fazer alguém querer cortar os pulsos com músicas na escala maior. Mas uma coisa é certa: não há quem seja imune à força emotiva da música.
Recentemente baixei o novo álbum da dupla australiana Empire of the SunIce on The Dune. O som continua “fofinho” e a proposta deles ainda parece ser acabar com qualquer barreira entre a música e aquela sensação de “own”, que deve estar localizada em algum lugar bem descaradamente sensível do coração.
Pode-se questionar a qualidade das canções eletropop da banda – mas a fofisse da música é incontestável. Para uns, isso pode causar atração e sensação agradável; para outros, repulsa e desgosto; mas a música desperta sentimentos, independentemente.
E notei algo que alegrou minha volta do trabalho, cansado, de ônibus, ouvindo o disco do começo ao fim – um padrão que já havia percebido antes, com outros artistas e músicas: dois acordes maiores em sequência me fazem bem.


Os Smiths não são conhecidos por músicas muito “pra cima”, mas essa introdução é bem alegrinha: Dó Maior e Ré Maior.




E que tal uma música inteirinha em Fá Maior e Sol Maior? Um clássico que deixa o coração quentinho.

Como compositor, sempre me peguei caindo nesse recurso quando quis trazer à tona um senso de empolgação, motivação, uma coisa boa pra elevar o espírito. Antes de mim, muitos artistas pop parecem ter descoberto essa pequena fórmula que joga uma pitada de açúcar nas músicas, sabedores do seu poder sobre a emoção humana.
Meu avô, que é pintor, costuma dizer que tem inveja dos músicos, pois, diferentemente da sua arte, em que é preciso muita interpretação do que se vê para apreciar ou não uma obra, a música vai do ouvido ao coração diretamente.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

10 pessoas que mudaram suas vidas através da música

Há quem ainda duvide que a música é uma arte transcendente, que nos eleva e que cria uma relação tão profunda com quem à executa que vai além da simples execução, tanto que a personalidade da pessoa se mostra quando isso acontece...na minha opinião, a música é muito mais que uma arte, é uma conexão com o divino, com o que não pode ser transmitido em palavras, mas simplesmente sentido.
Com esses vídeos, podemos ver exatamente isso, que muito mais que palavras, são os sentimentos que mexem conosco.

Portanto, reserve alguns minutos para assistir os vídeos e prepare-se para experimentar esse grande sentimento que só a música proporciona :)












Via: Hypeness